Competências Básicas
Fala-se muito em competências básicas. E o que significam? As
competências básicas - seja na forma de conhecimentos, habilidades,
atitudes, interesses, traços, valor ou qualquer outro aspecto
pessoal - são aquelas características individuais essenciais para o
desempenho da atividade e que diferencia enormemente o desempenho das
pessoas.
Todo funcionário precisa possuir um conjunto de competências básicas
para desenvolver suas atividades na empresa. Quando o funcionário
possui um elevado perfil de competências ele apresenta as qualidades
requeridas para levar adiante determinadas missões. As competências
básicas podem ser observadas no cotidiano de trabalho ou em situações
de teste. Contudo, o importante é adquirir e agregar constantemente
novas competências que sejam fundamentais para o sucesso do negócio
da empresa, sob pena de investir em treinamento sem retorno para as
necessidades reais da organização.
Daí a gestão por competências: um programa sistematizado e
desenvolvido no sentido de definir perfis profissionais que
proporcionem maior produtividade e adequação ao negócio,
identificando os pontos de excelência e os pontos de carência, suprir
lacunas e agregar conhecimento e tendo por base certos critérios
objetivamente mensuráveis.
Na verdade, a gestão por competência procura substituir o tradicional
levantamento de necessidades de treinamento por uma visão das
necessidades do negócio e como as pessoas poderão aportar valor à
empresa. Isto representa uma colossal mudança na abordagem. A visão
do presente ou do passado pela visão do futuro. A correção das
carências atuais pelo destino da organização.
Mas quais são essas competências? Elas mudam com o passar do tempo e
focalizam as necessidades do negócio. As novas competências exigidas
pelas empresas nos novos ambientes de negócios são as seguintes:
1. Aprender a aprender: As pessoas deve contribuir construtivamente
em tudo e, para tanto, devem ter condições de aprender continuamente.
O importante é que aprendam a aprender. Isso significa forçosamente
desaprender coisas antigas e sem proveito para a organização para
aprender coisas novas e necessárias. Em outros termos, flexibilidade,
apreensão e inovação.
2. Comunicação e colaboração: Antes, o bom desempenho significava
executar um conjunto de tarefas repetitivas e isoladas e a
qualificação de cada pessoa era restrita a cada tarefa em particular.
Hoje, com a adoção de equipes, a eficiência do indivíduo está cada
vez mais vinculada às suas habilidades de comunicação e colaboração
com os outros. Em outros termos, o trabalho solitário e individual
cede lugar ao trabalho solidário e grupal.
3. Raciocínio criativo e resolução de problemas: No passado, a
administração paternalista assumia a responsabilidade de solucionar
problemas para aumentar a produtividade do trabalhador. Hoje, espera-
se que os funcionários descubram por si próprios como melhorar e
agilizar o seu próprio trabalho. Para tanto, eles precisam analisar
situações, pensar criativamente e solucionar problemas, fazer
perguntas e esclarecer o que não compreendem para poderem sugerir
melhorias de maneira constante e contínua.
4. Conhecimento tecnológico: No passado, conhecer tecnologia
significava saber como operar máquinas para fazer o trabalho ou lidar
com computadores para processar textos ou análises financeiras. Hoje,
a ênfase está em usar o equipamento de informação para conectar-se
com os membros da equipe ao redor do mundo. Além de realizar tarefas,
comunicar-se com pessoas em todo o mundo, compartilhando idéias e
melhorias nos processos de trabalho. O conhecimento tecnológico a
serviço da equipe e não do indivíduo isolado.
5. Conhecimento de negócios globais: Antigamente, a visão das pessoas
era restrita ao local de trabalho. Hoje predomina a necessidade de
pessoas treinadas em um conjunto de habilidades que levem em conta o
ambiente competitivo global, mutável e volátil dos negócios da
organização. A globalização está ampliando as fronteiras do
conhecimento das pessoas.
6. Desenvolvimento da liderança: O novo imperativo é a identificação
e desenvolvimento de pessoas capazes de conduzir a empresa para o
século 21. Ao invés de programas externos de educação para
executivos, as empresas estão elaborando programas personalizados de
aprendizagem que assegurem a capacitação das pessoas em termos de
espírito empreendedor e de liderança. Na verdade, as organizações bem
sucedidas são constituídas de lideranças de lideranças.
7. Autogerenciamento da carreira: Como as qualificações necessárias
evoluem e mudam incessantemente, as pessoas precisam assumir o
compromisso de assegurar que possuem as qualificações, o conhecimento
e as competências exigidas tanto na atividade atual, como nas
futuras. Muitas universidades corporativas dispõem de centros
virtuais de desenvolvimento de carreira para ajudar as pessoas a
identificar as técnicas que precisam aprender.
1 Jeanne C. Meister, Educação Corporativa: A Gestão do Capital
Intelectual Através das Universidades Corporativas, op. cit.
Autor: Idalberto Chiavenato
Estimulando as competências básicas em: (http://www.rhplus.com.br/)
http://www.rhplus.com.br/biblioteca/gestao_conhecimento_competencias/competb.doc
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